sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

FEIRA DOS AROMAS – O SABER DOS ODORES


Decorreu nos dias 9 e 10 de Dezembro, no átrio da Escola José Falcão, mais uma Feirinha de ervas aromáticas, que foi dinamizada, como já se tornou habitual, pelas professoras estagiárias das disciplinas de Biologia-Geologia e de Físico-Química e com a preciosa ajuda da professora Paula Paiva, a principal responsável e mentora deste projecto.
Neste encontro com os Aromas, mas também com os sabores, foram apresentados uma ampla diversidade de produtos, desde plantas para fazer o tão apreciado e aromatizado chá, plantas com fins culinários, saquinhos e ramos de alfazema para aromatizar os guarda–roupas.
Para os mais necessitados de relaxação, havia também sais de banho e bálsamos para lábios mais maltratados, que foram feitos pelos meninos do clube de ciências (EXPLORA) que, fizeram questão de ajudar nas vendas da feira.
Além do inigualável e maravilhoso aroma que impregnava todo o átrio da Escola, houve ainda a oportunidade para a oferta de chá e bolachinhas a todos os que por ali passavam.
A feira foi uma alegria, nada restando dos artigos expostos e foi visível o entusiasmo e a genuína satisfação dos muitos que a visitaram e que espontaneamente nos congratularam.
Por isso, para o ano há mais! Mariana Abrantes

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Os jovens e o Empreendedorismo


No passado dia 9 de Dezembro decorreu na Biblioteca da Escola, uma sessão/debate subordinada ao tema: «Empreendedorismo», proposta pela professora Graça João e que teve como conferencista o Dr. Fernando Pedro
Baptista actual responsável pelo Departamento de Formação Profissional da ACIC.
Esta sessão foi dirigida aos alunos dos Cursos Profissionais de Multimédia e teve como objectivo:
-Analisar os efeitos induzidos pelas novas tecnologias na natureza e conteúdo do trabalho;
-Compreender a relação entre a progressiva complexidade do trabalho e a progressiva complexidade de formação;
-Problematizar atitudes face ao trabalho: da inserção burocrática à atitude empreendedora.
Com a presença de 50 alunos e 5 professores, foi uma acção muito dinâmica, particularmente orientada para a correlação entre as novas tecnologias, a necessidade da formação e o empreendedorismo num mundo do trabalho cada vez mais complexificado.
O público presente reagiu com o maior interesse e aplaudiu a actualidade e substancialidade desta iniciativa, deixando o ensejo de que possam realizar-se mais acções desta natureza.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE ? " O ´SÉTIMO SELO " DE INGMAR BERGMAN


Indubitavelmente uma obra ímpar em toda a história do cinema, este filme tem mais em comum com as películas da época do cinema mudo do que com a obra cinematográfica produzida na sua época. Visualmente assombroso, este filme transporta-nos na perfeição à Idade Média; não a uma imagem estilizada e estereotipada dessa época, mas antes de um modo cru, verdadeiro e agressivo, como se conseguíssemos evocar o passado comum uma simples recordação nostálgica de algo que nuca presenciámos ou vivemos. Cineasta denso e complexo por excelência, Bergman pretende com esta obra fazer-nos reflectir sobre a existência, sobre a ausência de fé e sobre a relação de cada um com a morte e, consequentemente, com a própria vida. A trama passa-se nos Tempos Medievais, mais concretamente numa época em que toda a Europa se encontrava assolada pelo flagelo da Peste Negra.

É neste contexto que surge o cavaleiro que iremos acompanhar no decurso de toda a fita. É este homem, retornado das cruzadas, desiludido com a vida, desiludido com as convicções por que havia lutado e pela vivência que tinha levado até então; no fundo mais que conformado (e até aliviado em certa medida) com a sua própria finitude. É neste momento de crise existencial e de valores que lhe surgem complexas questões de índole ética e filosófica. Perante a força destas inquietantes dúvidas, surge inevitavelmente o desejo impetuoso de falar com alguém, de se confessar perante alguém (no fundo, perante si próprio). Eis porque o Cavaleiro chega à Igreja e se confessa, e ás suas questões, á própria morte. Desta improvável conversa com o seu próprio fim, surge a proposta e o desafio mútuo de um jogo de xadrez entre ambos. Este jogo de xadrez surge aqui então como uma tentativa de adiar o inadiável, de prolongar o desfecho mais que evidente e antecipado mentalmente por cada um de nós.

De facto, é neste caminho que se percorre intimamente com a morte que este muda a concepção da própria vida; esta busca de uma proximidade com entidades tão abstractas como a Morte; Deus, a Existência; aqui retratados de um modo tão palpável, tão concreto, tão intimo por Bergman confere-lhe e à sua obra uma genialidade incrível, como se o cineasta fosse um visionário, alguém para quem estas entidades fossem não só objecto de admiração pela sua complexidade, mas resposta a todas as questões e problemas que assolam a Humanidade. Por entre outras situações que vão decorrendo, o jogo de xadrez vai-se desenrolando incessante e inexoravelmente, contrapondo à inexpressividade calma e fatalista do cavaleiro, o sorriso irónico e sarcástico de alguém que conhece já o desfecho favorável desta partida, mesmo antes desta começar. A imagem do jogo de xadrez com a Morte permanecerá, quanto a mim, como uma das mais belas e simultaneamente terríveis imagens alguma vez criadas na História da 7a arte. Este requinte metafórico sublime tem valor, a meu ver, não tanto pela subtileza, mas exactamente pela crueza e pela riquíssima carga visual que acarreta em si mesma.



Filme difícil, de dúvida e de questionar tudo aquilo que nos habituámos a tomar como certo. Face à consciencialização individual da evidencia cruel da brevidade humana, a personagem central contrapõe um desprendimento e uma procura do verdadeiro sentido da existência. Uma busca incessante da inevitabilidade daquilo que se encontra para além do real que experienciamos cada dia na nossa vivência terrena. É esta procura de Deus, por um homem já sem fé que a mim me toca profundamente. A necessidade de um Deus real, com respostas concretas a problemas reais e ás dúvidas de cada um de nós. Um Deus que não se manifeste através de "milagres" duvidosos mas por diálogo, um Deus de compreensão e não de castigo, de igualdade perante os homens e não de superioridade. Eis pois, porque este filme é hoje tão, actual como no dia em que estreou, porque as questões que coloca são intemporais e dizem respeito a cada um de nós. O valor deste filme é devido, não tanto ás respostas que nos fornece, mas sim pelas questões que coloca. Obrigatório e indispensável.
Manuel Jorge Pereira nº13 12º2

Cinefalco- Uma experiência que muda vidas...

Perdida, num corredor vazio, de passagem quase inacessível, encontra-se uma pequena porta que dá acesso a um grande mundo: O Mundo do Cinema.
É lá, numa pequena sala escura que decorrem as deslumbrantes sessões do Cinefalco, abrilhantadas pelo entusiasmo, sempre presente, do nosso estimado professor António Luís Ribeiro.
Na escola, a Físico-Química, a Matemática, a Geografia, a História,... ensinam-nos, diariamente, o que necessitamos para construir um suposto futuro bem sucedido, enquanto que no Cinefalco aprendemos a (sobre)viver na sociedade actual.
É o cinema, que tem a poderosa e fantástica capacidade, de através de meios aparentemente simples, transmitir pensamentos profundos, de tornar visível aquilo que muitas vezes não veríamos de outra forma, de nos mostrar aquilo que já não existe, o que existe actualmente e o que ainda não existiu na realidade.
Foi deste modo, que após algumas sessões no Cinefalco, ver um filme deixou de ser uma atitude, passiva para se tornar num privilegiado exercício de interrogação, de procura, de reflexão.
Apesar de as obras apresentadas, dos seus realizadores e dos seus protagonistas serem o ponto fulcral das sessões, toda a essência do Cinefalco se deve, indubitavelmente, ao professor Luís Ribeiro.
Através da sua paixão pelo cinema e pelo conhecimento, mas também por via da sua admirável dedicação aos alunos que se mostram dispostos a aprender, o nosso querido professor consegue enraizar em nós a verdadeira alma de cinéfilos, fazendo-nos voar mais alto e olhar mais longe.
E por todas estas razões de uma coisa temos certeza: aquelas incansáveis tardes de quarta-feira ficarão para sempre marcadas para toda a nossa vida.


Patrícia Abreu 12º4
Tânia Simões 12º8

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Desfile de Cidadania






No dia 1 de Dezembro comemorou-se o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, tendo-se realizado no dia seguinte um desfile cujo tema foi: “Ligar as margens, celebrar os direitos”. Nesta manifestação participaram as turmas do 7º ano, num percurso que teve início na Praça 8 de Maio e terminou no Exploratório, na margem sul do Mondego, onde os alunos tiveram a oportunidade de se envolver nas actividades organizadas pelo CAOJ Coimbra – Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens.
Este desfile era encabeçado por dois gigantones elaborados por alunos da nossa Escola e que representavam os preservativos masculino e feminino.
As actividades que decorreram nas instalações do Exploratório incluíam também a representação de uma peça de teatro - à qual os nossos alunos não puderam assistir dadas as limitações físicas do auditório - mas que será reapresentada brevemente nas instalações da Escola Secundária José Falcão.
A participação dos alunos nesta comemoração proporcionou-lhes a aquisição de informação relevante sobre a problemática da Sida, bem como a possibilidade e um convívio mais estreito com os alunos das outras duas escolas participantes: a Escola C+S Martim de Freitas e a Escola C+S Silva Gaio.




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Memórias da Escrita




A memória constitui-se de traços das experiências vividas, sentidas ou imaginadas.
A memória guarda em seus registros impressões, percepções, sentimentos, projecções, fantasias e afectos que não se desfazem. Há traços que persistem como reais e indestrutíveis funcionando como uma espécie de reserva e protecção. Se o passado não pode ser modificado isto não impede que fragmentos retornem de maneira viva.
Neste sentido, desafiámos alguns professores desta escola a tirar do armário o que estava guardado (livros e suas memórias) e relembrar um passado de leituras que construíram a sua identidade. Seguidamente juntámos a esses “sonhos impressos”, fotografias dum tempo escolar ou de diferentes suportes e utensílios da escrita, projecções de citações da leitura… a fim de criar identificação do visitante com a documentação exposta. Construímos, assim, um cenário expositivo de memórias que fossem partilhadas por todos. O seu nome foi “memórias da escrita” e convidamo-los a visitar na Sala de Exposições do José Falcão.